Crianças também identificam marcas!

crianças identificam marcas

Você sabia que crianças, mesmo as bem pequenas, também reconhecem produtos e empresas por suas marcas? E, muitas vezes, são fiéis à elas. Elas reconhecem o desenho do logotipo, as cores da marca, as embalagens dos produtos.

Isso acontece porque o cérebro das crianças é uma verdadeira esponja sensorial: elas aprendem muito por repetição, estímulo visual e associação emocional. Quando veem repetidamente um logotipo, uma cor ou um mascote em momentos felizes — como um lanche especial, um passeio divertido ou um comercial engraçado — o cérebro vai formando conexões. Essas conexões ficam gravadas no sistema de memória implícita, que é ativada mesmo quando a criança ainda nem sabe ler ou falar direito.

Veja aqui um exemplo bem legal: minha amiga, Fernanda Vaz (Instagram @prof.fernandavaz) mudou-se para Miami e um dia foi com as filhas Julinha e Gabi pela primeira vez à lanchonete 5 Guys. Ao chegar lá, animou-se: “que legal, aqui eles dão papel e lápis de cor para as crianças se entreterem, e depois ainda expõem os desenhos em um mural!” Realmente, uma ótima ideia. Locais frequentados por famílias se diferenciam quando têm algo voltado ao interesse das crianças. E foi assim que a pequena artista Julinha realizou sua obra e estreou na galeria de arte do 5 Guys.

Só que a Fernanda, nutricionista (que, por sinal, tem uma marca linda que eu fiz) super antenada em comunicação, reparou um “pequeno” detalhe no desenho da filha. O potinho de batatas fritas que estava sobre a mesa naquele momento, durante o lanche das crianças, era um copo branquinho… e o do desenho da Julinha era um retângulo vermelho… Ora, ora… afinal de contas aquela era a marca da batata frita que a menina conhecia e gostava! Morreu de rir, registrou o acontecido e me mandou a foto.

Pois é. O que aconteceu com a Julinha tem uma explicação científica. O cérebro dela, ao ver batatas fritas, automaticamente acessou a imagem mental mais forte e carregada de emoção associada a esse produto — provavelmente ligada a momentos felizes vividos com a marca do potinho vermelho. A ativação dessa memória vem acompanhada de uma descarga de dopamina, um neurotransmissor que reforça o prazer e a motivação. Quanto mais vezes essa experiência é repetida, mais fortes se tornam essas conexões — um processo chamado de neuroplasticidade.

Além disso, quando a marca está associada a vínculos afetivos — como um lanche em família ou o time que os pais torcem — o cérebro também libera ocitocina, o “neuro-hormônio do afeto”. Isso explica por que marcas que se conectam com o emocional da criança ganham tanta força: elas são literalmente gravadas com carinho no cérebro.

Nunca vou me esquecer da cena, um amigo passando com a filhinha de menos de um ano no carrinho, em frente à sede do Clube Flamengo, e a criança pulando e vibrando ao ver o escudo preto e vermelho com formato de brasão. Nem falar a criança sabia! Mas reconhecia a marca do time que ela gostava.

Uma marca forte tem esse poder. Ela não apenas é lembrada. Ela mexe com o cérebro, cria conexões emocionais e se torna parte da identidade da pessoa — mesmo que essa pessoa ainda nem saiba o próprio nome completo, rs rss…

Uma marca forte tem esse poder. Quer ser reconhecido, lembrado, escolhido, até por quem ainda nem sabe falar? Cuide bem do seu Branding!

Marcia Fialho
Designer Estrategista de Marcas

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